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Mecanismo de Ação

 

 

A despolarização do neurónio pré-sináptico promove a entrada de cálcio, sendo este catião responsável pela mobilização de vesículas de glutamato. Estas, por sua vez, vão-se alojar na superfície da membrana e, assim, o glutamato é libertado para a fenda sináptica por exocitose, ficando aí disponível para atuar nos recetores de superfície do neurónio pós-sináptico.

 

O ácido domóico pode atuar na fenda sináptica em 3 locais diferentes: recetores cainato, alfa-amino-3-hidroxi-metil-5-4-isoxazolpropiónico (AMPA) e N-metil-D-aspartato (NMDA) nas membranas dos neurónios. A ativação dos recetores cainato e AMPA permite a entrada de cálcio para o neurónio pós-sináptico através de canais iónicos. Por outro lado, a ligação do ácido domóico aos recetores NMDA resulta num influxo de sódio e cálcio.

 

O ácido domóico, em oposição ao glutamato, induz uma ativação prolongada dos recetores, o que gera uma entrada constante de catiões para a célula. Consequentemente ocorre bloqueio dos mecanismos de dessensibilização e este excesso de cálcio compromete a função do neurónio, podendo conduzir a morte celular. [2]

 

 

[2] Lefebvre, K. A. & Robertson, A. (2010). Domoic acid and human exposure risks: A review. Toxicon, 56, 218-230.

Figura 4. Esquema representativo do mecanismo de ação do ácido domóico. [2]

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PORTUGAL

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